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Capacitação em atendimento de urgência para lidar com o AVC

Secretaria Municipal de Saúde oferta capacitação para Acidente Vascular Cerebral (AVC) agudo

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), atualmente, o Acidente Cerebral Isquêmico (AVC) causa 6,5 milhões de mortes no mundo, sendo ainda a principal causa de incapacidade pelo seu poder de ocasionar sequelas graves em nível global. No Brasil, o AVC é a causa mais frequente de óbito na população adulta (10% dos óbitos) e o diagnóstico de 10% das internações hospitalares públicas, informa o Ministério da Saúde (MS). Trata-se de uma doença tempo-dependente: quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação.

Para promover uma oportunidade para servidores da urgência e emergência que atuam no município atualizarem seus conhecimentos relativos ao AVC, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu uma capacitação voltada a esses profissionais. A ação, intitulada “Atendimento Capacitado ao AVC agudo – estruturando a linha de cuidado hospitalar”, ocorreu no dia 5/7, no auditório da maternidade de Contagem.

A capacitação foi conduzida pelo médico Gustavo Daher Vieira de Moraes Barros, professor na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e x-integrante das equipes médicas do Hospital Municipal de Contagem (HMC), onde atuou por dois anos. Cerca de 50 pessoas, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), do Complexo Hospitalar de Contagem (CHC) e do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) participaram da ação e puderam aprender mais sobre AVC agudo (ou isquêmico).

O médico e cardiologista no HMC, Luiz Fernando Avelar dos Santos, que esteve à frente da interlocução para viabilizar a capacitação, ressaltou a importância da estruturação da linha de cuidados voltados ao enfrentamento do AVC no município: “Essa oportunidade faz parte do processo de amadurecimento de protocolos para lidarmos com o AVC agudo na urgência e emergência do município. É muito importante que os profissionais desse nível da atenção à saúde estejam capacitados para reconhecer os sinais e sintomas do AVC”.

O médico Gustavo Daher, que proferiu a palestra, reforça que a promoção da assistência integrada ao enfrentamento a uma doença que é, em suas palavras, “o maior problema de saúde pública” leva a impactos positivos em termos sociais e econômicos. “É preciso integrar todos os indivíduos da rede assistencial e mostrar a importância que cada um tem para que a engrenagem funcione. O atendimento de urgência estruturado e capacitado para lidar com o AVC contribui para a melhoria clínica dos pacientes e para a redução de custos para o sistema de saúde”, diz o médico, que explica que há dois tipos básicos de AVC: “Os AVCs são classificados em hemorrágico e isquêmico. Em torno de 80% dos AVCs são isquêmicos. No AVC hemorrágico, os fatores de risco estão associados ao mal controle da hipertensão e do diabetes e estão mais ligados à Atenção Primária. Já o AVC isquêmico é súbito e mais impactante e está ligado à urgência e emergência. Quanto mais rápido as equipes de saúde agirem, mais aumentam as chances de recuperação do AVC isquêmico. Mas há pouco tempo para essa ação, e por isso o atendimento rápido e capacitado é fundamental. Tempo é cérebro”, atesta o médico.

Ághata Barbosa, que está cursando o primeiro ano da residência multiprofissional ofertada no Complexo Hospitalar de Contagem (CHC), é uma das dezenas de pessoas que participou da capacitação. Ela diz que no cotidiano é comum a presença de pessoas com sequelas incapacitantes em atendimento hospitalar. “Vemos muitos pacientes sequelados por causa do AVC e essa atualização é importante para os atendimentos clínicos”, afirma a enfermeira.

 

Repórter: Carolina Brauer

Foto: Fábio Silva

Data: 09/07/2018

Campanha contra a Influenza segue enquanto houver disponibilidade do imunizante

Vacinação contra a gripe segue sendo feita junto aos grupos prioritários enquanto durarem os estoques

A Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza 2018 prossegue em Contagem, com imunização voltada aos grupos prioritários enquanto durante os estoques. No município, 49 salas de vacina funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30 (clique aqui para ver os endereços).

De acordo com atualização de dados feita hoje, segunda-feira (25), no Sistema de Informações do Programação Nacional de Imunizações (SIPNI), a cobertura vacinal total do município é de 83,20% da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde (MS), com 101.605 já aplicadas. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São priorizados os públicos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

Em ofício enviado a secretários estaduais de saúde e aos presidentes dos Conselhos das Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), o MS reitera que não haverá envio de novas remessas do imunizante, em virtude de todo o estoque nacional já ter sido distribuído para as unidades federadas.

No município, os públicos prioritários com menor cobertura vacinal, a exemplo do que já vinha sendo detectado ao longo da campanha deste ano e em 2017, são os grupos de crianças, com 63,81% de cobertura vacinal, e de gestantes, com 64,08%. Pais e familiares devem estar atentos e encaminhar crianças compreendidas na faixa etária e as mulheres grávidas para tomar a vacina.

Os grupos prioritários desta campanha são:
– pessoas a partir de 60 anos;
– crianças de seis meses a menores de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias);
– trabalhadores de saúde;
– professores das redes pública e privada;
– povos indígenas;
– gestantes;
– puérperas (até 45 dias após o parto);
– portadores de doenças crônicas não-transmissíveis;
– pessoas privadas de liberdade;
– adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas; e
– os funcionários do sistema prisional.

 

Repórter: Carolina Brauer

Foto: Adelcio Ramos

Data: 250/06/2018

Trabalho do SAD Contagem é mais uma vez reconhecido no Brasil

Atenção Domiciliar do município pode se tornar um dos oito polos multiplicadores do país para capacitar equipes de desospitalização

 

O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Contagem é uma referência nacional na desospitalização de pacientes que apresentam condições de seguir com tratamento no próprio domicílio. No ano passado, o trabalho promovido pelo SAD Contagem foi premiado durante o XXXIII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que selecionou 36 finalistas entre mais de 500 experiências na área da saúde participantes.

Agora, o trabalho do SAD Contagem prepare-se para dar mais um possível grande passo em nível nacional: graças à expertise e ao pioneirismo do SAD Contagem, o município é candidato forte a se tornar um dos oito polos capacitadores relacionados à Atenção Domiciliar no Brasil.

O anúncio foi feito na segunda-feira (18) pela coordenadora-geral da Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde (MS), Mariana Borges Dias, durante reunião com representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Contagem, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e das equipes de cuidado ortopédico e pediátrico do município. Na oportunidade, a representante do MS pôde conhecer mais sobre as boas práticas e as especificidades do SAD Contagem.

De acordo com Mariana Borges, a expectativa é de que, a partir da definição das oito cidades-polo para multiplicar e capacitar profissionais em todo o Brasil, o intercâmbio técnico comece já no ano de 2019 e se estenda durante o próximo triênio.

“Contagem tem se diferenciado no cenário nacional. Temos 1.060 equipes de estratégia de Atenção Domiciliar (AD) no país. E entre essas equipes há duas,  aqui em Contagem, que se diferenciam das demais do Brasil, porque buscam atender a demandas específicas do município: o cuidado domiciliar ortopédico e o cuidado domiciliar pediátrico. O Ministério da Saúde quer incentivar esse tipo de olhar diferenciado, com foco nas demandas próprias dos municípios. A maioria das equipes de AD está relacionada à clínica geral e queremos incentivar a criação de equipes de cuidados específicos. A intenção é de escolher oito experiências em Atenção Domiciliar que se tornem polos multiplicadores para o país, para que possam promover capacitações e compartilhem conhecimento com equipes de todo o Brasil”, explica a coordenadora-geral.

Mariana Borges Dias enfatiza ainda a importância da abertura da gestão para o trabalho que o SAD vem realizando e elogia a estrutura do Complexo Hospitalar, onde funciona o Centro Materno Infantil (CMI), equipamento de saúde onde é feita a maior parte das captações dos pacientes do SAD pediátrico. “Contagem atende aos fatores necessários para se tornar um polo focal brasileiro e tem todo o potencial para isso”, atesta a coordenadora-geral.

Para Erivelton Cordeiro Carvalho, referência técnica do SAD Contagem, a possibilidade de o município tornar-se um exemplo para o Brasil fortalece as iniciativas e práticas já em curso e instiga a busca por melhorias constantes. “Trata-se de um reconhecimento pelo trabalho que vem sendo feito desde o ano de 2014, com o SAD ortopédico, e mais recentemente, em 2016, com o SAD pediátrico. Já sabíamos que existiam poucas iniciativas similares Brasil afora, mas não tínhamos a dimensão do quão diferenciado são os cuidados em desospitalização ortopédica e pediátrica. Continuaremos trabalhando para fortalecer o SAD Contagem e, também, as iniciativas de fortalecimento do SAD em nível regional”, assevera Erivelton.

Você já conhece o SAD Contagem?

O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Contagem beneficia pacientes com condições clínicas de se submeter a tratamento relacionado a clínica médica, pediatria e ortopedia no próprio domicílio. Esses pacientes são encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), pelo Hospital Municipal (HMC) José Lucas Filho, pelo Centro Materno Infantil (CMI) Juventina Paula de Jesus ou por hospitais da Região Metropolitana de BH. A captação de pacientes também é feita pelas equipes do SAD.

Com isso, é possível evitar a permanência desnecessária em hospitais e UPAs, o que ajuda a diminuir riscos de infecções, a liberar leitos de urgência e emergência e a melhorar a gestão dos equipamentos de saúde.

As equipes do SAD fazem visitas diárias aos pacientes que se encontram em atendimento pelo programa, para fazer a medição de sinais vitais e verificar o estado geral dessas pessoas. Os dados colhidos servem para acompanhar a evolução dos pacientes e, no caso daqueles que aguardam por cirurgia, para alimentar a central de leitos, que aciona o SAD à medida que vão surgindo vagas, de acordo com as prioridades. O Samu oferece retaguarda ao SAD 24 horas ao dia, em casos de emergências.

A avaliação de quem atende aos critérios de elegibilidade do programa é feita pela equipe do SAD do município e se baseia na Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016, que redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas.

O programa conta com seis equipes multidisciplinares, compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais e motorista – ao todo, aproximadamente 50 pessoas.

Essas equipes estão presentes em quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Complexo Hospitalar (uma no Hospital Municipal José Lucas Filho e outra na Maternidade Juventina Paula de Jesus).

O SAD tem capacidade para atender a até 40 crianças na pediatria, 40 pessoas na ortopedia e 240 na clínica médica, totalizando até 320 pacientes que podem ser atendido no âmbito do programa.

De acordo com o diretor do Departamento de Atenção Domiciliar da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Joanilson Santos Guimarães, a média do tempo de espera por uma cirurgia ortopédica de pacientes atendidos pelo SAD, que até junho de 2017 era de 30 a 45 dias, atualmente é de cerca de sete dias. “Essa diminuição expressiva do tempo médio de espera ocorreu em função das ações de gestão da atual administração da cidade, tais como o aumento da quantidade de leitos disponíveis em todo Complexo Hospitalar ao longo do ano (dos 199 encontrados no início de 2017 para os 360 atuais), a abertura de agendas extras para exames e consultas médicas, a realização de mutirões em ortopedia, a reestruturação de escalas, a contratação de mais profissionais de saúde e as melhorias recebidas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA)”, assevera Joanilson.

Repórter: Carolina Brauer

Foto: Fábio Silva

Data: 19/06/2018

Saúde se prepara para combater e prevenir a doença Esporotricose

A esporotricose é uma micose tratável que pode afetar animais e humanos

 

Após os avanços de casos de Esporotricoses, em todo o país, Contagem se prepara para combater e prevenir a doença. Nessa sexta-feira (15), a Secretaria de Saúde realizou uma reunião com o objetivo de debater o tema. Participaram do encontro agentes de saúde, controle de zoonoses e representantes da epidemiologia.

A esporotricose é uma micose tratável, que pode afetar animais e humanos, cujos sintomas manifestam-se principalmente nos gatos. A médica veterinária da Secretaria de Saúde, Maria Helena Franco Morais, destacou que trata-se de uma patologia recente. “É uma doença que começou ganhar força no fim dos anos 90, doença nova com características novas, que estamos aprendendo diariamente com ela”, concluiu a veterinária.

O diretor de Vigilância e Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde, José Renato, explica que as medidas de controle da esporotricose estão baseadas na educação e na mobilização da população. Ele ressalta, que o diagnóstico no animal é muito importante. Além disso, os animais que contraíram a doença devem sem imediatamente tratados à base do Itraconazol.

“É importante destacar que os animais ou as carcaças com suspeitas positivas ou confirmação da doença jamais deverão ser descartadas em lotes vagos ou mesmo no lixo comum, pois como o agente transmissor vive na terra, pode resistir por muitos anos no ambiente”, ressaltou José Renato.

Representantes em Brasília
A ação em Contagem acontece após representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) participarem da 1ª Oficina para Estruturação de Vigilância e Controle das Micoses Sistêmicas. O encontro promovido, dos dias 7 e 8 de junho, pelo Ministério da Saúde teve como intuito de tratar da doença, que segundo dados preliminares apontam um possível crescimento no Brasil, entre os anos de 2015 e 2018.

Repórter: Lucas Santos
Foto: Fábio Silva
Data: 15/06/2018

Campanha de vacinação contra a Influenza é prorrogada até o dia 22 de junho

Vacina, considerada segura e eficaz, seguirá sendo aplicada somente nos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde

A vacinação contra a gripe de 2018 foi prorrogada novamente e seguirá até o dia 22 de junho. Em Contagem, 49 salas de vacina funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30 (clique aqui para ver os endereços). A meta da cobertura vacinal é de 90% do público-alvo, que em 2018 corresponde a um total de 122.128 pessoas no município. A vacinação seguirá sendo feita apenas nos grupos de pessoas determinados pelo Ministério da Saúde (MS), uma vez que, até aqui, somente o grupo dos idosos, com cobertura vacinal de 91,33%, atingiu a meta preconizada pelo MS. Em 2018, ao todo, 91.411 doses já foram aplicadas em Contagem, quantitativo que representa 74,85% de cobertura vacinal total.

A atualização de informações feita no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) do MS até hoje, sexta-feira (15/6), mostra que o grupo prioritário formado por crianças de zero a menos de cinco anos é o público que apresenta menor cobertura vacinal (55,46%), seguido pelo grupo das gestantes (57,58%). No ano passado, os grupos prioritários de crianças e gestantes também foram os que apresentaram menos cobertura vacinal. “Pais e familiares devem estar atentos e encaminhar crianças compreendidas na faixa etária e as mulheres grávidas para tomar a vacina”, reforça a assessora da Central de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Fernanda Elisa Ferreira de Almeida.

A Campanha deste ano teve início em 23 de abril. Em todo o país, segundo informações do MS, 11,8 milhões de pessoas do público-alvo ainda não se vacinaram. No total, 42,6 milhões de doses da vacina foram aplicadas. A meta do MS é vacinar 54,4 milhões de pessoas no país todo. Ainda de acordo com o MS, os casos e mortes por Influenza mais que dobraram em relação ao mesmo período do ano passado: neste ano, já foram registrados 2.715 casos de Influenza, mais que o dobro do mesmo período do ano passado (1.227). O MS informa também que as mortes em decorrência da doença também dobraram: já são 446 óbitos em 2018, ante 204 registrados em 2017.

Vacina é segura

A vacina é uma das medidas mais efetivas para a prevenção da gripe e é considerada segura e eficaz. O vírus usado nesta vacina é inativado, portanto, não é possível contrair a gripe por causa do imunizante contra a Influenza. O MS ressalta também que, em geral, as reações adversas provocadas pelo imunizante são leves, como dor e sensibilidade no local da injeção. Pessoas que têm alergia severa a ovo devem procurar um médico para obter orientações antes de se vacinar.

Além disso, a vacinação reduz hospitalizações e a mortalidade causadas pela Influenza. Conforme o MS, estudos demonstram que a vacina pode reduzir de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da Influenza.

Contudo, lembra o MS, hábitos diários de higiene também são fundamentais para prevenir a gripe. Veja as dicas para a prevenção contra a Influenza que deve ser feita para além da proteção vacinal:

– Lavar e higienizar as mãos com frequência;

– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

– Manter os ambientes bem ventilados;

– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

Documentos necessários

Para se imunizar, a pessoa deve apresentar um documento oficial e o cartão de vacinação. “Aos profissionais da saúde e professores, vale lembrar que é preciso apresentar comprovação. Doentes crônicos também devem apresentar o relatório médico especificando o motivo da indicação da vacina”, esclarece Fernanda.

Público-alvo

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São priorizados os públicos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Os grupos prioritários desta campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), portadores de doenças crônicas não-transmissíveis, pessoas privadas de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas e os funcionários do sistema prisional.

 

Repórter:  Carolina Brauer

Data: 15/06/2018

Representantes da Secretaria de Saúde de Contagem participam de discussões sobre enfrentamento da esporotricose no Brasil

Município participa de oficina oferecida pelo Ministério da Saúde (MS) sobre esporotricose, micose com sintomas que se manifestam principalmente em gatos, mas que pode afetar animais e seres humanos.

Com o objetivo de discutir a situação da esporotricose no Brasil, representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) participaram da 1ª Oficina para Estruturação de Vigilância e Controle das Micoses Sistêmicas, ofertada pela Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis (CGDT) do Ministério da Saúde (MS). A oficina ocorre em um contexto no qual dados preliminares apontam um possível crescimento da doença no Brasil entre os anos de 2015 e 2018. A esporotricose é uma micose tratável, que pode afetar animais e humanos, cujos sintomas manifestam-se principalmente nos gatos.

A ação ocorreu nos dias 7 e 8 de junho, em Brasília. Participaram da oficina cerca de 35 pessoas, oriundas de aproximadamente dez cidades do Brasil. Pelo estado de Minas Gerais, que enviou representante, além de Contagem, somente Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete participaram do grupo.

O diretor de Vigilância e Controle de Zoonoses da SMS e médico veterinário José Renato de Rezende Costa integrou a equipe de Contagem, formada também pela médica e infectologista Tania Marcial e pela médica veterinária Maria Helena Franco Morais. Ambas fazem parte da equipe de epidemiologia da SMS.

José Renato explica que a esporotricose é uma doença (zoonose) que se caracteriza por uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que pode atacar humanos e animais. A esporotricose geralmente afeta a pele e os vasos linfáticos próximos a ela, mas pode também afetar ossos, pulmão e articulações.

Alerta para a possibilidade de diagnóstico de nova espécie no Brasil

O médico Veterinário José Renato explica que esta zoonose é encontrada em várias partes do planeta. “Esse fungo está presente na maior parte do mundo, mas principalmente em regiões de clima temperado e tropical, como a Ásia, África, Oceania e Américas. Por habitar a natureza, o S. Schenckii está presente no solo, vegetais e madeira, e pode atingir tanto humanos quanto animais. Sua disseminação é lenta e os sintomas se caracterizam por nódulos purulentos ou não e que aparecem, normalmente, nos membros superiores, como braços e mãos, e também na face”, acrescenta o técnico.

José Renato pondera, contudo, que alguns trabalhos vêm apontando uma nova espécie já diagnosticada no Brasil: “Estudos mais recentes mostram uma nova espécie, que é o S. brasilienses, que tem demonstrado, em alguns casos, patogenia mais severa e de disseminação mais rápida, o que tem trazido uma preocupação maior para todos os técnicos e, consequentemente, para a população em geral. Diante disso, iniciou-se o processo para considerar a esporotricose humana e animal como doença de notificação compulsória, uma vez que esta doença vem se espalhando de forma rápida por todo o território nacional e com uma patogenia bastante severa, tanto no animal quanto no homem. É preciso ter fluxos para o atendimento aos pacientes e dos animais e, ao mesmo tempo, deve-se criar uma ficha de notificação oficial para lançamento nos sistemas vigentes”.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ de Contagem) vem recebendo animais suspeitos da doença, com coleta de material para o diagnóstico e encaminhamentos para a Escola de Veterinária da UFMG para confirmação.

No município, no ano de 2017, de acordo com o setor de Vigilância e Controle de Zoonoses da SMS, análises preliminares registram 11 casos notificados de esporotricose em humanos e 76 em gatos.

Prevenção, tratamento e controle

O diretor de Vigilância e Controle de Zoonoses da SMS, José Renato, explica que as medidas de controle da esporotricose estão baseadas na educação e na mobilização da população para o conhecimento da doença e suas formas de controle no meio ambiente, na capacitação para o diagnóstico e no encaminhamento ao tratamento.

“O diagnóstico no animal é muito importante. No caso dos animais domiciliados com tutores, existem tratamentos à base do Itraconazol. Esse tutores devem sempre procurar um médico veterinário para a correta administração dos medicamentos. É importante ressaltar que os animais ou as carcaças com suspeitas positivas ou confirmação da doença jamais deverão ser descartadas em lotes vagos ou mesmo no lixo comum, pois como o agente transmissor é um agente telúrico, que vive na terra, pode resistir por muitos anos no ambiente.

Repórter: Carolina Brauer

Foto: Divulgação/SMS

Data: 14/06/2018

Abertas as inscrições para o Prêmio InovaSUS 2018

O Ministério da Saúde irá premiar 10 projetos inovadores utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) com R$ 1 milhão

As inscrições para o Prêmio Inova SUS 2018 estão abertas e vão até o dia 30 de Julho. A iniciativa do Ministério da Saúde irá premiar 10 projetos inovadores, com R$ 1 milhão, que serão utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS). As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, e instituições públicas e privadas, sem fins lucrativos, podem inscrever suas propostas inovadoras, de caráter educativo e bons resultados no prêmio “Inovasus 2018”.

O prêmio que está em sua sexta edição já premiou 97 projetos com mais de R$ 12,3 milhões. O intuito da iniciativa é proporcionar e dar visibilidade às experiências exitosas locais e permitir o fortalecimento da Gestão do Trabalho por meio de investimentos nas instituições e nas equipes de trabalho.

Para se inscrever, os interessados devem adequar seus projetos nos temas: Melhoria de Processos para o Fortalecimento da Gestão do Trabalho no SUS, Dimensionamento da Força de Trabalho no SUS, Combate à Discriminação no Local de Trabalho, Iniciativas Estaduais de Capilarização da Gestão do Trabalho nos Municípios e Práticas Integrativas e Complementares (PIC’s). As inscrições poderão ser realizadas, de forma gratuita, por meio de formulário eletrônico. Para acesso ao edital, regulamento do prêmio e para fazer sua inscrição, clique aqui.

Repórter: Ágatha Dumont (sob supervisão de Lucas Santos)

Foto: Divulgação

Data: 13/06/2018

SUS: modos de usar

Saiba mais sobre quando e onde procurar os serviços da rede SUS / Contagem

O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema de saúde universal do mundo, que consagra a saúde como um direito de todos e um dever do Estado. Em 2018, o SUS comemora 30 anos de existência. Desde a criação do SUS, há três décadas, muitas vitórias foram alcançadas, e o acesso dos brasileiros aos serviços de saúde foi ampliado. A Constituição Federal de 1988 estabelece que o financiamento do SUS é de responsabilidade de Municípios, Estados e União, e cada ente federativo precisa fazer a sua parte para o sistema funcionar.

A Prefeitura de Contagem vem fazendo a sua parte e, em 2017, investiu praticamente o dobro do que manda a constituição na área da saúde: no ano passado, 28% dos recursos municipais foram destinados à pasta, sendo que a lei é clara ao dizer que o percentual obrigatório do município é de 15%. Parte dos aproximadamente R$ 146 milhões que foram arrecadados em 2017 com a cobrança do IPTU foi investido na saúde do município, que no ano passado recebeu 28% do montante arrecadado pela prefeitura com receita própria e transferências, ao todo, quase R$ 295 milhões.

E para que o sistema possa funcionar adequadamente, além do custeio e do financiamento governamentais necessários, é preciso que as pessoas entendam como funciona a rede pública de saúde. Isso inclui saber quando procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou mesmo acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Quanto mais consciência a população tiver sobre a utilização da rede pública de saúde, mais os serviços poderão funcionar de maneira satisfatória e com ganhos de qualidade na assistência prestada. A procura do usuário pelo serviço de saúde não indicado para cada caso gera riscos para o próprio usuário e leva a ineficiências no processo de atendimento”, explica o assessor técnico na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Alexandre Viana.

UBS, porta de entrada preferencial para o SUS

As Unidades Básicas de Saúde (UBS), também conhecidas como “posto de saúde” ou “centro de saúde”, são o alicerce de toda a rede. Nelas, as pessoas podem acessar os serviços da Atenção Básica, como consultas, vacinação, pré-natal, diagnósticos clínicos, acompanhamento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, saúde mental, tratamento de doenças como diarreia e amidalite, atendimento de pequenas urgências e cuidados à saúde do homem, mulher, criança, adolescente, adulto e idoso.

Quando as demandas não podem ser completamente resolvidas na UBS, são encaminhadas para equipamentos de saúde específicos, como os Centros de Consultas Especializadas (CCE), as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Atualmente, Contagem conta com 79 UBS, espalhadas por todo o território do município, nas quais atuam 125 equipes de Estratégia de Saúde da Família (eSF). As equipes de eSF contam com médico, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Algumas dessas equipes contam também com dentista e técnicos e auxiliares de saúde bucal.

Para as urgências emergências, as UPAs

As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) realizam atendimentos de urgência e emergência. As urgências são os casos que exigem atendimento rápido, em tempo oportuno e no local mais adequado, como no caso das cólicas renais e dores abdominais. As emergências são as situações em que é grande o risco de morte imediata ou de lesão permanente, como nas paradas cardiorrespiratórias, infartos e traumas na cabeça. As UPAs permanecem abertas 24 horas por dia, sete dias por semana, e contam com uma equipe multiprofissional composta por médicos (clínicos, cirurgião, ortopedista e/ou pediatra), equipe de enfermagem, administrativos e outros profissionais. Quando necessário, são feitos encaminhamentos a um hospital. A rede SUS / Contagem possui cinco UPAs, cada uma com seu quadro profissional específico, conforme quadro abaixo:

As pessoas devem buscar o atendimento nas UPAs em situações como cortes profundos e fraturas, sangramentos que não param, suspeitas de infarto e derrame, perda de consciência, aumento de pressão arterial, febre alta (acima de 39°), dores com início rápido e fortes, picadas ou mordidas de animais peçonhentos, desmaios e crises convulsivas.

Também é para a UPA que devem se dirigir as pessoas com doença já conhecida e diagnosticada, como hipertensão (pressão alta), diabetes e doenças cardiovasculares (como colesterol alto) que apresentaram alguma piora e, ainda, pessoas com fratura ou sangramento no dente que não para (neste caso, UPA JK).

Assim que o paciente chega à UPA, ele passa por uma classificação de risco, para que sejam medidos, por exemplo, sinais vitais como frequência cardíaca, o nível de consciência e é avaliado o quadro clínico geral. Cada paciente recebe uma classificação de risco com base em protocolos internacionais e o atendimento é feito de acordo com as prioridades. Mas aqueles pacientes que chegam à UPA trazidos pelos bombeiros ou pelo Samu podem ir direto para o atendimento médico sem passarem por esta classificação de risco, por já serem considerados de emergência. “Se não há uma gravidade maior, se não é um caso clínico agudo, se na classificação de risco feita no momento do acolhimento o paciente recebe classificação azul ele é encaminhado a uma Unidade Básica de Saúde (UBS)”, reforça a assessora técnica na Urgência e Emergência Danielly Aparecida de Jesus.

Samu: conectando vítimas em situação de urgência e emergência aos serviços de saúde

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) tem a função de prestar atendimento em situações de urgência ou emergência que possam levar a sofrimento, a sequelas ou à morte. O Samu deve ser acionado nas seguintes situações: dores com início súbito; intoxicação ou envenenamento; queimaduras graves; trabalho de parto com risco de morte para a mãe ou bebê; queda acidental; convulsões; atropelamentos; acidentes de trânsito que envolvam uma ou mais vítimas; sangramentos e hemorragia; traumas e fraturas. O contato com a Central do Samu sempre pode ser realizado e o médico dará as orientações necessárias ou, ainda, realizará o envio de uma ambulância, a depender do caso.

Classificação de risco é essencial para prevenir contaminações e evitar fatores associados

O Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) tornam obrigatória a realização, por todos os serviços de urgência e emergência, como UPAs e Hospital, do acolhimento com classificação de risco e o direcionamento do paciente para o local adequado. A permanência desnecessária no interior dos serviços de saúde e a utilização dos serviços de urgência e emergência quando o atendimento pode ser feito em uma UBS podem elevar os riscos de infecção, contaminação e outros fatores associados.

SUS, o maior do mundo

O SUS é o maior sistema público de transplantes do mundo. Sete em cada dez brasileiros dependem exclusivamente do SUS. O sistema oferta também assistência integral e gratuita para portadores de HIV, pacientes renais crônicas, com câncer, tuberculose e hanseníase. Além disso, o SUS oferece acesso gratuito a todas as vacinas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Repórter: Carolina Brauer

Foto: Elias Ramos

Data: 07/06/2018

Campanha de vacinação é estendida até 15 de junho

De acordo com o Ministério da Saúde não houve problema de abastecimento dos estados com estoques da vacina

O Ministério da Saúde (MS) anunciou na última terça-feira (29/5) a prorrogação da campanha de vacinação contra a gripe, até o dia 15 de junho. O encerramento da campanha estava previsto para a sexta-feira (1/6). No comunicado, o MS declarou que a recomendação foi adotada em decorrência dos possíveis impactos da paralisação dos caminhoneiros no transporte público e nos atendimentos em serviços de saúde.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, não houve problema de abastecimento dos estados com estoques da vacina. Segundo o órgão, 100% das doses da vacina (60 milhões) já foram distribuídas aos estados, que estão devidamente abastecidos.

A campanha, que começou em 23 de abril, segue até o dia 15 de junho, com 49 salas de vacina funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30 (clique aqui para ver os endereços), em todos os oito distritos sanitários da cidade, para aplicação da imunização contra a Influenza nos grupos de pessoas determinados pelo Ministério da Saúde.

Documentos necessários
Para se imunizar, a pessoa deve apresentar um documento oficial e o cartão de vacinação. Os profissionais da saúde e professores necessitam apresentar comprovação. Doentes crônicos também devem apresentar o relatório médico especificando o motivo da indicação da vacina.

Público-alvo
Os grupos prioritários desta campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), portadores de doenças crônicas não-transmissíveis, pessoas privadas de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas e os funcionários do sistema prisional.

Repórter: Lucas Santos

Foto: Adelcio R. Barbosa

Data: 04/06/2018

Cuidado Farmacêutico oferta consultas e atendimento mais próximo a portadores de doenças crônicas

 

Projeto pioneiro no município busca aproximar farmacêuticos de pessoas com doenças crônicas que retiram medicamentos em farmácias distritais do município

Em 2016, foram divulgados resultados da Pesquisa Nacional sobre o Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM), uma pesquisa instituída pela Portaria nº 2.077/2012, do Ministério da Saúde (MS), que buscou conhecer aspectos relacionados ao acesso, utilização e uso racional de medicamentos no país. Os achados da pesquisa apontaram bons níveis de disponibilidade e acesso a medicamentos na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS).

Mas o acesso a medicamentos precisa estar acompanhado do uso racional, para evitar problemas como omissão de doses, descontinuação indevida, administração incorreta, automedicação inadequada e adição de doses: de acordo com publicação do Conselho Federal de Farmácia (CFF) de março deste ano, a cada real investido no fornecimento de medicamentos, são gastos cinco reais para tratar as morbidades relacionadas a medicamentos, como reações adversas (39,3% dos gastos), não-adesão ao tratamento (36,9%) e uso de doses incorretas (16,9%).

Atenta a essa realidade, a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está implementando o Projeto Cuidado Farmacêutico no SUS. O objetivo é reduzir internações e atendimentos de urgência, estabilizar pacientes com doenças crônicas mais prevalentes na Atenção Básica, incentivar o uso racional de medicamentos e otimizar o cuidado multidisciplinar em saúde.

Público-alvo

O público-alvo são pessoas com doenças como hipertensão e/ou diabetes não controladas, em sua maioria, usuários de vários medicamentos que não conseguem controlar suas doenças mesmo tendo diagnóstico e prescrição de médicos: segundo o CFF, 70% dos pacientes com hipertensão, diabetes ou dislipidemias encontram-se nessa situação.

Ao todo, de acordo com a diretoria de Assistência Farmacêutica da SMS, 18 usuários estão atualmente recebendo atendimento em consultas farmacêuticas.

Estão participando nessa fase piloto do projeto quatro farmácias distritais do município: Santa Helena, Petrolândia, Eldorado II e Parque São João. Os farmacêuticos dessas unidades passaram por uma capacitação, oferecida pelo CFF, com duração aproximada de oito meses.

Segundo a diretora de Assistência Farmacêutica da SMS, Raquel Soares de Miranda, o encaminhamento à consulta é feito tanto pelas unidades básicas de saúde quanto pela iniciativa dos próprios farmacêuticos das farmácias distritais, por meio da identificação de possíveis problemas no tratamento de doenças crônicas a partir do trabalho de dispensação de medicamentos. “Trata-se de um projeto pioneiro no município. Os farmacêuticos foram capacitados no ano passado e, a partir do mês de março deste ano, os atendimentos aos pacientes tiveram início. Essas consultas são voltadas a pacientes que se incluem no público-alvo do projeto e que retiram medicamentos para doenças crônicas em farmácias distritais, de forma a contribuir para a estabilização e o controle de doenças crônicas”, explica a diretora.

Cuidado multidisciplinar

As consultas costumam ser longas, para que os farmacêuticos possam identificar sinais e sintomas relacionados a problemas com medicamentos e tecnologias em saúde e prescrever orientações aos usuários. O objetivo é obter os melhores resultados com a farmacoterapia e promover o uso racional de medicamentos.

Márcia Alexandre Pereira de Oliveira toma medicamentos para pressão alta e diabetes, além de antidepressivo e outros fármacos. Ela vem sendo atendida no âmbito do Projeto Cuidado Farmacêutico na Farmácia Distrital Petrolândia e relata enormes benefícios com essa participação. “Eu cheguei aqui muito deprimida, e isso aqui está me ajudando muito. Para mim, esse projeto é excelente. E a farmacêutica, a Sheila, é muito atenciosa comigo. Eu entro aqui e não quero ir embora”, diz a moradora do bairro Petrolândia.

A farmacêutica da unidade, Sheila Monica Oliveira e Silva Gabrich, salienta que a iniciativa tem o intuito de prevenir, identificar e intervir nos problemas da farmacoterapia, por meio de um olhar multidisciplinar em saúde. “Mais da metade das pessoas que têm acesso aos medicamentos prescritos não consegue aderir à prescrição corretamente. É preciso garantir a utilização adequada dos medicamentos, de forma a conduzir tanto o paciente quanto a sociedade aos melhores resultados possíveis”, reforça a profissional.

 

Repórter: Carolina Brauer

Foto: Elivan Félix

Data: 17/05/2018