Foto: Janine Moraes
Em Contagem, a Unidade de Pronto Atendimento-UPA Ressaca está fortalecendo o protocolo para diagnóstico e tratamento precoce da sepse, doença mais conhecida como infecção generalizada. A unidade foi selecionada no ano passado, entre outros 60 equipamentos de saúde do país, para compor o Projeto de Identificação e Tratamento Precoce de Sepse em Pacientes, com monitoramento do Hospital Sírio Libanês, em parceria com o Ministério da Saúde. O projeto tem duração de 18 meses.
O Protocolo de Sepse, na UPA Ressaca, tem como objetivo principal conscientizar tanto os profissionais quanto os usuários sobre a importância da avaliação e tratamento precoce da infecção generalizada.
A Sepse é uma síndrome caracterizada pelo conjunto de alterações em todo o organismo produzidas por infecção. Antigamente, era conhecida como septicemia ou infecção no sangue. Ela faz com que o sistema imunológico danifique os tecidos e outros órgãos do corpo. A infecção se espalha muito rápido e, se não tratada, pode levar a óbito. Por isso, quanto antes for diagnosticada, mais chances de recuperar.
Para a enfermeira referência técnica da Superintendência de Urgência, Emergência e Gestão Hospitalar-SURGH, Roberta Reis, grande parte dos casos de spse são atendidos nas unidades de pronto atendimento, por isso, capacitar os profissionais quanto à adesão e ao diagnóstico precoce dos pacientes com suspeita de sepse é essencial.
“A importância do Projeto Sepse é capacitar os profissionais da saúde para abordagem da doença, visando o reconhecimento, diagnóstico e tratamento precoces, por meio da implementação e aplicação efetiva do protocolo nas UPAs, contribuindo, assim, para a redução da mortalidade dessa doença”, contou Roberta Reis.
Dados e prevenção
Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse–Ilas, a Sepse é a maior causa de morte em UTIs, com 55% dos casos. Além disso, estima-se cerca de 670 mil casos por ano em adultos, dos quais 240 mil vão a óbito.
Como as infecções que são capazes de causar sepse podem ser adquiridas em qualquer ambiente, adotar pequenos cuidados como higienizar as mãos, seguir corretamente os calendários de vacinação, evitar a automedicação e uso desnecessário de antibióticos, podem fazer a diferença na prevenção.
Fontes: Ministério da Saúde e Instituto Latino Americano de Sepse – ILAS
Repórter: Laura Oliveira